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EUA lançam plano de paz para Gaza com possibilidade de criação de Estado palestino

EUA lançam plano de paz para Gaza com possibilidade de criação de Estado palestino

Os Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira (29) um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê cessar-fogo imediato, libertação de reféns, reconstrução do território e a criação de um conselho internacional, batizado de “Conselho da Paz”, que seria presidido pelo ex-presidente Donald Trump.

O plano inclui anistia a integrantes do Hamas que entregarem as armas, destruição da infraestrutura militar do grupo e um processo de transição política que pode levar à criação de um Estado palestino.

Plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza: Principais pontos da proposta

Segundo o comunicado da Casa Branca, o Hamas teria até 72 horas para libertar todos os reféns israelenses em Gaza. Em contrapartida, Israel soltaria mais de 1.900 prisioneiros palestinos, entre eles 250 condenados à prisão perpétua.

A iniciativa prevê ainda:

  • Ajuda humanitária imediata: entrada de alimentos, medicamentos, água, energia e equipamentos de reconstrução, distribuídos pela ONU, Crescente Vermelho e entidades neutras.
  • Nova governança em Gaza: um comitê tecnocrático palestino assumiria temporariamente a administração do território, sob supervisão do “Conselho da Paz”, com a participação de especialistas internacionais e nomes como o ex-premiê britânico Tony Blair.
  • Desmilitarização: destruição de túneis, fábricas de armas e demais estruturas militares, sob monitoramento internacional. Membros do Hamas poderiam receber anistia ou deixar o território com passagem segura.
  • Segurança internacional: criação de uma Força Internacional de Estabilização, apoiada por países árabes, responsável por treinar a polícia palestina e garantir a ordem até a retomada da Autoridade Palestina.
  • Futuro político: Israel se comprometeria a não anexar Gaza. A retirada gradual das tropas israelenses ocorreria à medida que a desmilitarização fosse confirmada, abrindo espaço para negociações sobre a autodeterminação palestina.

Trump e Netanyahu

Durante coletiva de imprensa em Washington, Donald Trump afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou os termos do plano. O ex-presidente norte-americano alertou, porém, que se o Hamas rejeitar a proposta, os EUA apoiarão “medidas militares para derrotar o grupo de forma definitiva”.

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Netanyahu e Trump também se reuniram com o premiê do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman, em ligação telefônica. Segundo a Casa Branca, Netanyahu pediu desculpas pelos ataques a Doha, ocorridos no início de setembro, que haviam atingido líderes do Hamas.

Reação do Hamas

Até o momento, o grupo palestino não divulgou posição oficial. Um integrante ouvido pela Associated Press disse que o Hamas foi informado sobre a iniciativa, mas ainda não recebeu proposta formal via Egito e Catar. Segundo ele, o movimento está disposto a avaliar “de forma positiva e responsável” qualquer plano que inclua o fim da guerra e a retirada completa das tropas israelenses.

Caminho incerto

Apesar de apresentar um roteiro detalhado para a reconstrução de Gaza e para negociações de paz, a proposta dos EUA não esclarece se Israel participará formalmente do novo conselho internacional. O texto também veta qualquer papel do Hamas na futura administração do território.

Se implementado, o plano colocaria Trump no centro de um processo diplomático de grande impacto global, reacendendo o debate sobre a viabilidade de um Estado palestino e sobre os limites da intervenção internacional na região.

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