O dólar novamente lidera os ganhos entre os melhores investimentos dentro de um próprio mês. Em outubro, a moeda americana registrou alta de 2,13%.
Já o Ibovespa, que caminhava para conseguir um lugar entre os investimentos mais rentáveis do mês, perdeu a posição por causa da forte queda desta sexta (-2,72%).
No acumulado até 30 de outubro o índice registrava perdas de 0,69%.
Desconfiança do investidor
O mês de outubro foi marcado pela desconfiança do investidor com relação ao ajuste fiscal, a segunda onda de contaminação por Covid-19 na Europa e as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O Brasil deve encerrar este ano com a pior situação fiscal entre os maiores países emergentes.
Com condições desafiadoras tanto em relação às despesas quanto ao crescimento, o país gastou muito para combater a crise derivada da pandemia de Covid-19, o que levou sua dívida para quase o dobro da média de seus pares.
Isso poderá custar uma forte deterioração das contas públicas, que ameaça piorar a nota de classificação de risco do País.
Já as eleições americanas adicionam ainda mais volatilidade aos mercados, pois uma possível vitória do candidato Joe Biden significaria em maiores restrições e menos medidas pró-mercado.
Isso tudo, levou a alta volatilidade nos mercados e busca por ativos mais defensivos, como ouro e dólar.
Aqui, é possível comparar a performance de outros investimentos em outubro.
- Dólar: 2,13% (R$ 5,7379)
- Ouro: – 0,8% (US$ 1.879,90)
- IFIX: -1% (2.766,76)
- Ibovespa: -0,69% (93.952,40 pontos)
Dólar
O dólar à vista fechou a sexta-feira em queda de 0,49%, cotado em R$ 5,7379.
No mês de outubro, a alta foi de 2,18%.
A valorização acumulada neste ano em relação ao real é de 43,1%.
Ibovespa
Outubro foi a terceira vez que o principal índice da Bolsa de Valores brasileira fechou negativo desde março.
Foram menos 0,69% agora, contra queda de 29,90% no terceiro mês do ano. Em março, houve a série histórica de seis circuit breakers.
Em agosto e setembro, o Ibovespa recuou 3,44% e 4,80%, respectivamente.
A retração observada é fruto da combinação de fatores locais e internacionais.
Este mês foi abalado pelo receio com estouro do teto de gastos, incertezas sobre as eleições americanas, segunda onda de contágio do coronavírus e seus possíveis impactos na economia mundial.
Apesar do Ibovespa ter fechado no vermelho, algumas ações registraram valorizações expressivas no período, como é o caso de CSN (CSNA3) +24,48%, Weg (WEGE3) +15,42%, Santander (SANB11) +14,63%, Magazine Luiza (MGLU3) +10,45% e Suzano (SUZB3) +9,88%.