A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (01) o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), apontando baixa confiança do consumidor no mês de setembro.
De acordo com a pesquisa, o índice para o mês registrou 42,8 pontos. O número está abaixo da média histórica de 46,1 pontos, assim como do último resultado disponível, de dezembro de 2019. O dado varia de 0 a 100, sendo que valores abaixo de 50 são negativos.
Apreensão
Conforme o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os consumidores estão pessimistas em relação à evolução futura dos preços (inflação). Além disso, também mostram preocupação com a evolução do desemprego e com a renda.
“O aumento de preços em produtos específicos, sensíveis para o consumidor, está afetando a percepção do poder de compra e contaminando suas expectativas”, avalia Azevedo.
A queda do INEC em setembro na comparação com dezembro é comum a todos os perfis de consumidor considerados na pesquisa. Destacam-se as quedas do INEC entre consumidores com renda familiar maior do que 5 salários mínimos (-7,4 pontos), os que possuem ensino superior (-6,8 pontos), aqueles com idade de 25 a 34 anos (-5,5 pontos) e os que moram em capitais (-5,3 pontos).
Faixas de renda
A confiança está abaixo de 50 pontos e de suas respectivas médias históricas em todos as faixas de renda familiar verificadas na pesquisa.
No entanto, a queda do índice de confiança na comparação com dezembro de 2019 foi maior entre os consumidores com as maiores faixas de renda.
Além disso, o INEC ainda é menor entre os mais pobres. E também baixou entre os mais instruídos.
Por fim, regionalmente, a queda foi maior na Região Sudeste, se distanciando das demais regiões, com 41,6 pontos. A confiança de todas as regiões recuaram na comparação com dezembro de 2019.