A Cemig (CMIG4) registrou um lucro líquido de R$ 1,94 bilhão no segundo trimestre de 2021, número 80% maior do que o R$ 1,08 bilhão registrado no mesmo período do ano passado.
A companhia, uma das principais concessionárias de energia elétrica do país, viu sua receita líquida crescer 33,7% na mesma base, chegando a R$ 7,3 bilhões.
A diferença se deu com maior fornecimento bruto de energia, que chegou a 13,3 milhões de MWh, ante 12,8 milhões no segundo trimestre de 2020, com destaque para o setor industrial e rural, que consumiram praticamente o dobro de energia.
As receitas com consumidores finais e de uso dos sistemas elétricos de distribuição (TUSD) também avançaram, respectivamente, 18,6% e 21,7%.
É necessário mencionar, entretanto, que parte da diferença se explica por conta de que, no segundo trimestre de 2020, as restrições impostas pelos governos para frear a pandemia da covid-19 estavam em um momento mais crítico.
Leia aqui o balanço na íntegra.
Cemig (CMIG4): Principais números do balanço do 2TRI21
Lucro líquido
- 2TRI21: R$ 1,9 bilhão
- 2TRI20: R$ 1,08 bilhão
Receita líquida
- 2TRI21: R$ 7,3 bilhões
- 2TRI20: R$ 5,5 bilhões
Ebitda
- 2TRI21: R$ 2,5 bilhões
- 2TRI20: R$ 1,8 bilhão
Gastos crescem mas são diluídos
Os custos e despesas operacionais da Cemig foram de R$ 6,1 bilhões entre abril e junho deste ano, ante R$ 4,9 bilhões no mesmo período do ano passado, aumento de 25,3%. Destaque com os gastos com energia elétrica comprada para revenda, que avançou 20,1%, para R$ 3,3 bilhões.
O Ebitda da Cemig ficou em R$ 2,5 bilhões, ante R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2020. Esse número, porém, de forma ajustada cai para R$ 1,3 bilhão – considerando os descontos dos ganhos com repactuação do risco hidrológico, que somaram R$ 909 milhões.
Cemig tem resultado financeiro positivo e diminui endividamento
A companhia registrou, por fim, um resultado financeiro positivo em R$ 478,5 mil. Entre abril e junho de 2020 o número havia sido negativo em R$ 35,3 mil. A diferença, segundo a Cemig, é explicada pela desvalorização do dólar (no 2TRI20 a moeda americana se valorizou), que gerou receita de variação cambial da dívida em Eurobonds.
Além disso, a companhia reduziu sua dívida bruta consolidada em R$ 1,7 bilhão frente ao fim de 2020, fechando junho com R$ 13,3 bilhões. “Foram amortizadas dívidas no total de R$1,5 bilhão no primeiro semestre de 2021, sendo R$ 161,1 mil no segundo trimestre”, contou. A dívida líquda da Cemig ficou em R$ 6,3 bilhões.