O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta terça (23) o panorama de Fundos Imobiliários para os próximos meses.
Segundo o relatório, no que diz respeito a lajes corporativas em São Paulo, a taxa de vacância segue em tendência de alta no curto e médio prazo (17,1%, +103 bpst/t), em virtude da pandemia e do momento de crise.
“O novo estoque projetado para os próximos anos está em patamares inferiores às médias históricas, o que deve pressionar a oferta no médio e longo prazo”, destacou o banco.
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O BTG citou ainda a perspectiva de leasing spread positivo nos contratos dos aluguéis para o longo prazo.
Galpões Logísticos em São Paulo
A taxa de vacância segue em tendência cadente no curto e médio prazo (13,2%, -418 bpst/t), por conta do aumento da demanda pelo e-commerce e pelas condições de contrato favoráveis para inquilino (concessão de carência e desconto dos aluguéis).
No entanto, de acordo com o relatório, a entrega de novas áreas para os próximos trimestres pode impactar o estoque total do mercado e potencialmente aumentar a taxa de vacância.
No que tange aos preços, eles devem permanecer pressionados no curto e médio prazo, devido a uma taxa de vacância ainda elevada.
Shopping Centers
As vendas dos shoppings estão se recuperando gradualmente, mas o segmento ainda vive um momento de incerteza, especialmente no curto prazo, em virtude de:
- encerramento do auxílio emergencial; e
- novas restrições no combate à segunda onda de contaminação da Covid-19.
“Acreditamos que a “mortalidade” dos varejistas será alta, pois: (i) as vendas estão muito baixas na maioria das lojas; e (ii) a recuperação do tráfego de pedestres deve ser lenta (receio das pessoas com o coronavírus).Os shoppings, portanto, terão dificuldade em cobrar os aluguéis nos próximos trimestres, enquanto a vacância deve aumentar”, destacou o relatório do BTG Pactual.