Na avaliação dos analistas do BTG Pactual (BPAC11), a renúncia do CEO Wilson Ferreira Jr. pode dificultar ainda mais uma possível privatização da Companhia.
“A privatização tem sido o principal tema de debate há anos, aproveitando e sofrendo tanto de ventos contrários quanto de favor. Mas havia uma constante: os investidores sabiam que, enquanto Ferreira estava no comando, sempre havia esperança”, destacou o BTG.
Incertezas
Para os analistas, a atuação de grupos políticos com interesses distintos reforça ainda mais as incertezas da privatização.
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“Qualquer agenda política relevante também depende de quem é eleito como os novos Presidentes da Câmara e do Senado do Brasil”.
Ferreira Jr. se juntou à Eletrobras (ELET6) em 2016 com a missão de transformar a maior concessionária de energia da América Latina.
Venda de subsidiárias
Diante disso, a Eletrobras passou por uma reviravolta sem precedentes, em que se livrou de suas empresas de distribuição (grande fuga de caixa), entregou iniciativas massivas de corte de custos e vendeu várias subsidiárias de geração e transmissão e simplificou sua estrutura corporativa.
No relatório divulgado pelo BTG, os analistas sugerem que fechar o capital é vital para levar a Eletrobras ao seu apogeu, caso contrário a Companhia poderá se transformar em um peso morto.
“Embora ainda vejamos valorização significativa mesmo em um cenário de não privatização, existe o risco de a ELET se tornar uma ação “peso morto”, a exemplo do que aconteceu com a Sabesp”, disse o Banco.
Com isso, o BTG Pactual mantém a posição de compra para a ELET6, com preço-alvo de R$ 30,58.
ÀS 11h desta terça-feira (26), o ativo valia R$ 29,28 (queda de 4,25%).