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BTG (BPAC11): aquisição das fábricas da Teksid pela Tupy (TUPY3) é um “marco” positivo

BTG (BPAC11): aquisição das fábricas da Teksid pela Tupy (TUPY3) é um “marco” positivo

Análise do BTG Pactual (BPAC11) aponta que a aquisição das fábricas da Teksid anunciada pela Tupy (TUPY3) é um “marco” positivo para a empresa.

A Tupy anunciou na quinta-feira (01) que chegou a um acerto final em relação à aquisição da Teksid (inicialmente anunciada no final de 2019).

Com base na avaliação das autoridades antitruste dos EUA (que recomendaram soluções adicionais e levaria muito mais tempo para concluir), a empresa e a Stellantis (nova entidade controladora do Grupo FCA) decidiram reduzir o perímetro da aquisição, perseguindo apenas as operações de ferro da Teksid no Brasil e Portugal por um EV de € 67,5 milhões (vs. € 210 milhões antes), implicando em um EV/EBITDA 2019 de 4,7x (um pouco abaixo dos 4,9x anunciados anteriormente em 2019 e abaixo de 5,9x da Tupy).

Sobre a aquisição da Tupy

Recapitulando, a aquisição anunciada em 2019 compreendia as unidades de produção no Brasil, México, Polônia, Portugal e China (50-50%), e dois escritórios comerciais nos Estados Unidos e na Itália.

“Apesar de um perímetro reduzido para o M&A, destacamos que o Brasil é o lar da maioria das sinergias do negócio original, como ambas as empresas possuem grandes estruturas produtivas no país”, destaca o BTG.

Além disso, o múltiplo de transação implícito permanece atraente (principalmente em linha com o anterior e abaixo da média global da indústria), então o BTG continua a ver o negócio como agregador de valor para a Tupy.

Foco em ativos estratégicos

Conforme divulgado em fato relevante, Tupy e Stellantis concordaram em revisar o perímetro da transação (como uma resposta à revisão antitruste dos EUA), para se concentrar em ativos com um maior ajuste estratégico.

Portanto, a empresa não dará continuidade à aquisição das operações mexicanas, chinesas e polonesas da Teksid e escritórios da Teksid na Itália e nos Estados Unidos, com foco apenas nas operações localizadas no Brasil e Portugal.

Adicionalmente, a Tupy informou que manterá a aliança estratégica para fornecimento global com a Stellantis, considerando os compromissos já assumidos.

A transação foi aprovada pelo conselho da Tupy e agora está sujeita a ratificação pela Assembleia Geral, com previsão de conclusão até ao 4º trimestre.

O valor do reembolso será calculado com base no patrimônio líquido a partir do 4T20.

Por fim, a Tupy já recebeu comunicado da BNDESPAR e da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI, proprietários de 28% e 25% do capital da Tupy, mencionando que se comprometeram irrevogavelmente a aprovar a transação na assembleia de acionistas.

Assim, com o novo perímetro, a capacidade de produção da Tupy deverá se expandir em 36% (= 215 mil toneladas / ano), levando a empresa a melhorar seu posicionamento de mercado nos principais mercados que atende.

Adicionando diversificação geográfica e de produtos

A Tupy também realizou uma teleconferência com sua equipe de gestão para fornecer mais detalhes na lógica da transação, que se baseia em três pilares principais:

  • Aumentar a exposição nos principais segmentos e regiões;
  • Aumentar o portfólio de produtos oferecidos com ativos complementares;
  • Trazer maior eficiência e pegada global para a Tupy.

Eles disseram também que o negócio melhora o portfólio de vendas equilibrado da Tupy, aumentando exposição e a veículos comerciais médios e pesados, segmentos onde o BTG vê uma perspectiva brilhante no curto/médio prazo.

“Além disso, consolida o alcance da indústria da Tupy, fortalecendo seu relacionamento com clientes de diversos segmentos em todo o mundo, especialmente na Europa (a exposição aumentou 72%)”, diz o BTG.

Por fim, a recomendação do BTG é de compra para Tupy até R$ 21.