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BTG (BPAC11) vê melhora gradual no setor automotivo no Brasil

BTG (BPAC11) vê melhora gradual no setor automotivo no Brasil

O banco BTG Pactual (BPAC11) analisou o setor automotivo no Brasil. De acordo com a instituição financeira, a pandemia de coronavírus foi um grande impacto no segmento, que já sofre com uma série de obstáculos antigos como a volatilidade cambial, a desaceleração econômica e a capacidade de produção.

O cenário de lockdown interrompeu a cadeia de suprimentos, em especial, nos países asiáticos que são responsáveis por desenvolver componentes indispensáveis para a indústria automotiva, como é o caso, de peças como semicondutores e chips. A incerteza da covid-19 também impulsionou a inflação da matéria-prima.

Em relação ao Brasil, a desvalorização do Real contribuiu para aumentar o valor dos veículos e desta forma houve uma nova adaptação das montadoras que tiveram que reposicionar seus produtos em um cenário de alta inflação.

BTG Pactual (BPAC11): Previsões

Existe a previsão de um retorno gradual na produção automotiva para este ano e por consequência uma maior atividade no mercado de veículos, em especial, pela queda no IPI automotivo. Esta hipótese foi projetada por especialistas do setor, montadoras, grandes clientes – como as locadoras de veículos e fornecedores.

Um fator considerado favorável foi o investimento na produção de chips no último ano, o que pode contribuir para o aumento da produção, porém o BTG destacou dois entraves que podem adiar este cronograma: a disseminação da omicron ou novas variantes e o conflito ente Rússia e Ucrânia.

Recuperação no setor

Segundo o relatório do banco de investimentos, o retorno da produção de automotores tem como principais beneficiários os fabricantes de autopeças de veículos leves, como é o caso da Iochpe-Maxion (MYPK3) e Tupy (TUPY3) que sofreram um grande impacto ao longo da pandemia.

Outro setor que será contemplado é o de aluguel de automóveis,  empresas como Localiza (RENT3), Movida (MOVI3) e Unidas (LCAM3) poderão investir na renovação da frota, após um período sabático.

Também é previsto um maior fluxo operacional para companhias que trabalham com logística – como é o caso da JSL (JSLG3), Tegma (TGMA3) e a Santos Brasil (STBP3).

Mercado automotivo e Covid-19

A pandemia de coronavírus foi o principal entrave para o setor. A redução da mão de obra contribuiu para interromper a cadeia de produção. Outro grande obstáculo foi a inflação relacionada ao preço do aço, que cooperou para a queda nos estoques das montadoras.

Houve redução nas margens devido a falta de semicondutores, equipamentos utilizados em veículos leves. Em um mercado incerto, a Ford optou em encerrar as suas atividades em solo brasileiro.

Outro fator negativo foi a descontinuação de modelos populares, já que as montadoras tiveram que optar por um determinado produto devido a escassez de matéria prima. Com o aumento dos preços, a indústria sofreu também com medidas restritivas como o lockdown e assim precisou buscar novas alternativas de subsistência.

Autopeças e locação de veículos

O impacto na produção brasileira foi decorrente de uma tendência global, que começou no ano de 2020. Em nosso país, empresas que se dedicam a veículos leves como carros de passeio e SUVs tiveram índices menores do que as companhias que atuam na produção de veículos pesados. Vale destacar que durante a pandemia foi necessário o abastecimento de produtos e matérias-primas, estes, transportados por caminhões.

Iochpe-Maxion (MYPK3) e Tupy (TUPY3), que trabalham na produção de peças para veículos leves devem se beneficiar com o aumento no volume de produção na indústria automotiva. Em relação à locação de veículos, o principal entrave foi a renovação das frotas. Grande parte delas contam com um maior número de automóveis antigos e por consequência maiores gastos com manutenção.  Desta forma, as  companhias foram obrigadas a aumentar o valor das tarifas para os clientes.

“Em poucas palavras, a menor oferta de veículos afeta o setor de aluguel de carros de muitas maneiras significativas. Dada a expectativa de uma recuperação gradual da produção até o
final do ano, esperamos que o processo de renovação da frota entre as empresas de aluguel de carros acelerar “, destacou trecho do relatório.

Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3) terão grandes desafios, porém a primeira será a mais beneficiada devido a uma estratégia mais conservadora relacionada a renovação de sua frota.

Setor de logística

O setor de logística também foi afetado pela queda na produção de automóveis. Com cerca de 86% de sua receita oriunda da indústria automotiva, A Tegma (TGMA3) anotou baixos números de volumes transportados:  32% em 2020 e 36% em 2021.

O impacto foi menor na JSL (JSLG3) devido a uma maior diversificação em sua receita, no caso, 15% do seu faturamento está atrelado ao mercado automotivo.

Por fim, a Santos Brasil (STBP3) conta com 5% de sua receita relacionada ao mercado automotivo, isto é, em terminais de veículos. Segundo o BTG é esperado um índice mais alto de volumes no armazenamento de veículos no decorrer do ano.