A maior alta do Ibovespa nesta quarta-feira (10) ficou com a Embraer (EMBR3) com 11,99% para R$ 13,82.
O aumento foi dado graças a notícia do projeto de lei da compra das vacinas pelo governo federal, dando suporte aos papéis mais penalizados pela pandemia, como companhias aéreas e de turismo.
A fabricante de aviões foi seguida por CVC (CVCB3) em +9,82%; e aéreas em destaque: Azul (AZUL4), +6,56%, e Gol (GOLL4), +9,92%
A maior queda foi da Suzano (SUZN3) com 5,45% para R$ 74,86, que caiu junto com o dólar.
PEC Emergencial e exterior
Em sessão volátil, o Ibovespa ganhou fôlego à tarde, para fechar em alta de 1,30%, aos 112.776,49 pontos, após o acordo na Câmara que preservou o “coração” da PEC Emergencial, com o gatilho que permite o congelamento dos salários dos servidores quando os gastos atingirem 95% das despesas totais.
O governo corria o risco de ser derrotado por um destaque do PT, pedindo a supressão desse trecho.
Negociou, com o apoio do Planalto, de Paulo Guedes e do relator para que a base governista mantivesse o texto, em troca de apresentar um destaque que preservará as promoções e progressões na carreira.
Os riscos do momento levaram o Ibovespa à mínima de 109.998 pontos, apesar da subida firme de NY.
Balanços fortes, como o da BR Distribuidora (BRDT3, +6,42%), contribuíram para a recuperação do índice.
Com o resultado, o Research do BTG Pactual elevou a recomendação de neutro para compra e o preço-alvo de R$ 25 para R$ 27 por ação.
As descontadas varejistas e ações ligadas ao turismo anteciparam a volta do auxílio.
Compras pela internet beneficiadas
O e-commerce, diante das restrições à circulação de pessoas em São Paulo, foi mais beneficiado, com Via Varejo (VVAR3) avançando 10,29%.
Na ponta negativa, a queda do dólar derrubou também a Petro Rio (PRIO3), -4,39%.
Já Petrobras (PETR3; PETR4) ganhou +4,21% (R$ 22,29) e +3,47% (R$ 22,34), respectivamente
Projeto de lei das vacinas
Em relação ao avanço da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta (10) que o país terá 400 milhões de doses de vacinas até o fim de 2021.
Ele sancionou projeto de lei que possibilita a compra pelo governo das vacinas da Pfizer e Janssen.
Empresas privadas também poderão comprar o imunizante, mas deverão doá-las ao SUS enquanto estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários.