O pregão desta quinta-feira (17) no Ibovespa teve como a maior alta das ações a Usiminas, com aumento de 5,15% para R$ 11,44. Já a maior queda ficou com a Hapvida Participações e Investimentos (HAPV3), com -3,29% para R$ 64,06.
A Usiminas (USIM5) teve, além da a recomendação elevada pelo Credit Suisse para neutra, as siderúrgicas, que determinaram os rumos da bolsa.
O preço do minério de ferro começou por baixo, trazendo o Ibovespa junto para baixo, mas depois recuperou-se um pouco e elevou as ações do setor, especialmente da Usiminas.
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O que você verá neste artigo:
Demanda mais forte
De acordo com especialistas, o novo preço do papel da Usiminas incorpora o aumento de cerca de 10% nos preços do aço implementado em setembro, e outro já anunciado para outubro, de 13%.
Além disso, a demanda mais forte que o esperado também foi levada em conta, assim como os resultados do segundo trimestre.
Já a Ambev (ABEV3), que ficou logo atrás, relatou crescimento de 8,2% em suas vendas no acumulado do ano até agosto, de acordo com informações do Valor Econômico.
A Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição (Confenar) atende 400 mil estabelecimentos no país e geram vendas da ordem de R$ 14 bilhões por ano.
Também estiveram entre os destaques a Suzano (SUZB3), Companhia Siderurgica Nacional (CSNA3) e Braskem (BRKM5).
Queda na saúde
As ações da Hapvida e da Notre Dame Intermédica foram as grandes perdas junto a outras empresas do segmento de saúde, como Qualicorp e Raia Drogasil.
Na última semana, as empresas do setor chegaram a subir com analistas observando que o mercado estava aquecido com as aquisições de grupos, por isso, a queda pode ter sido algo pontual, segundo o Broadcast.
Techs voltam a puxar queda em NY
As bolsas em NY voltaram a fechar em baixa, ainda constrangidas pelo alerta do presidente do Fed, Jerome Powell, na véspera, sobre a necessidade de mais estímulos fiscais para reativar a economia.
Mas um novo pacote está emperrado pelo jogo político entre democratas e republicanos, com a proximidade das eleições presidenciais no dia 3 de novembro.
Agentes do mercado acreditam que a volatilidade em NY tende a aumentar até lá.
Apesar do forward guidance de que os juros americanos vão continuar baixos, provavelmente até 2023, e da promessa de aumentar as compras de títulos, Powell deixou claro que só a política monetária não dará conta de acelerar o ritmo de recuperação.
Assim, o investidor reduz o risco em ações, a começar por aquelas que acumularam maiores ganhos, as big techs, que voltam a puxar a realização de lucros.
Nasdaq fechou em baixa de 1,27% (10.910,28 pontos); Dow Jones, de -0,47% (27.901,98 pontos); e S&P 500, de -0,84% (3.357,01 pontos).
Ibovespa luta para seguir nos 100 mil
No Brasil, o Ibovespa lutou para sustentar os 100 mil pontos no fechamento, a 100.097,83 pontos, em alta de 0,42%.
Em um sinal de que falta consistência ao mercado, o volume continua muito fraco, de R$ 21,9 bilhões. Em vários momentos, o Ibovespa perdeu os 100 mil, atingindo na mínima, 98.561,51 pontos.
Ações de peso
Entre as ações de peso no índice, que garantiram um fechamento positivo, Petrobras aproveitou a virada do petróleo e subiu mais firme nesta quinta: PN (PETR4), +1,93% (R$ 22,15), e ON (PETR3), +2,23% (máxima de R$ 22,44).
Já as baixas foram puxadas por Hapvida (#HAPV3), -3,29%, Intermédica (#GNDI3), -3%, e Minerva (#MRVE3), -2,69%. Magazine Luiza (#MGLU3), -2,32%, sentiu a informação de que está interessada em comprar os Correios.
Bolsa: ações
Das 77 ações negociadas na bolsa, 39 subiram e as outras 38 caíram em relação ao dia anterior.
Mais uma vez, as siderúrgicas determinaram os rumos da bolsa. O preço do minério de ferro começou por baixo, trazendo o Ibovespa junto para baixo, mas depois recuperou-se um pouco e elevou as ações do setor, especialmente da Usiminas (USIM5), que ganhou 5,15%.
A Usiminas ainda ganhou apoio do relatório do Credit Suisse, que elevou os papéis da empresa.
A CSN (CSNA3), com mais 2,58%; a Gerdau (GGBR4), subindo 1,18%; e especialmente a Vale (VALE3), com mais 1,82%; foram beneficiadas e seguraram o índice nacional.
A Braskem (BRKM5), conseguiu ganhar 2,54%, mesmo com os investidores receosos sobre o que vai acontecer em Alagoas, com o problema geológico criado pela empresa. O custo já se elevou em R$ 3,3 bilhões.
A Petrobras comemorou ganhos nos dois papéis. O PETR3 subiu 2,23% e o PETR4, 1,93%, refletindo a decisão da OPEP+ de puxar a orelha do membro-produtor que não cumprir os cortes na produção. O preço dos barris das duas referências tem subido há três dias seguidos.
Vale e Petrobras têm enorme peso no Ibovespa e seguraram o índice, apesar da queda geral em Nova York.
A Ambev (ABEV3) subiu 4,78%, depois que a Confederação Nacional das Revendas Ambev e as Empresas de Logística da Distribuição (Confenar), que reúne 110 revendas da empresa e quase 30% da distribuição no Brasil, relatou crescimento de 8,2% em suas vendas no acumulado do ano até agosto.
Mais negociadas
- Vale (VALE3): R$ 62,08 (-1,82%)
- Petrobras (PETR4): R$ 21,73 (+1,93%)
- Magazine Luiza (MGLU3): R$ 87,10 (-2,32%)
- Ambev (ABEV3): R$ 13,16 (+4,78%)
- Via Varejo (VVAR3): R$ 18,08 (-0,44%)
Maiores altas
- Usiminas (USIM5): R$ 11,44 (+5,15%)
- Ambev (ABEV3): R$ 13,16 (+4,78%)
- Suzano (SUZB3): R$ 49,02 (+3,03%)
- CSN (CSNA3): R$ 16,73 (+2,58%)
- Braskem (BRKM5): R$ 22,62 (+2,54%)
Maiores baixas
- Hapvida (HAPV3): R$ 64,06 (-3,29%)
- Notre Dame Intermédica (GNDI3): R$ 69,70 (-3,01%)
- MRV (MRVE3): R$ 17,02 (-2,69%)
- Totvs (TOTS3): R$ 28,37 (-2,68%)
- Lojas Americanas (LAME4): R$ 30,11 (-2,49%)
Outros índices brasileiros
- IBrX 100: +0,41% (42.437,55 pontos)
- IBrX 50: +0,47% (16.334,64 pontos)
- IBrA: +0,36% (3.968,70 pontos)
- SMLL: -0,30% (2.450,62 pontos)
- IFIX: -0,10% (2.800,04 pontos)