Com maior aceitação pelo mercado e sendo uma opção de diversificação de investimento, o bitcoin tem se aproximado de um recorde de valorização. No Brasil, ajuda muito a desvalorização do real perante o dólar.
Em breve, é especula-se que o bitcoin alcance os R$ 70 mil. Na sexta (16), a cotação foi de R$ 64.533,46.
O recorde anterior foi em 2017, quando a criptomoeda foi cotada em cerca de R$ 69.500. Na época, o dólar estava cotado bem abaixo dos atuais R$ 5,64.
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Já globalmente, a valorização acumulada de 31 de dezembro de 2019 a 16 de outubro de 2020 é de mais de 57%. O valor do ativo foi de US$ 7.203,94 para US$ 11.334,19.

Reprodução/CoinMarketCap
O que você verá neste artigo:
Entrada de grandes players no mercado
Ainda considerado uma novidade que causa receio para a maioria dos investidores brasileiros, o bitcoin vem ganhado cada vez mais espaço no portfólio de investidores do mundo todo.
E a entrada de grandes empresas no mercado vem inspirando mais confiança e também inflacionando o valor do ativo.
A Microstrategy, por exemplo, investiu mais de US$ 300 milhões em bitcoins. A empresa de inteligência comercial é listada na Nasdaq. A Square, de Jack Dorsey, fundador do Twitter, foi outra a investir US$ 50 milhões.
“É uma sinalização importante, um aval de investimento em um ativo descorrelacionado historicamente com o resto do mercado”, diz Julian Lanzadera, legal e corporate affairs da Transfero Swiss, empresa suíça voltada a negócios com ativos digitais.
Para ele, a alta atual das criptomoedas não só no Brasil, mas no mundo todo, também é explicada pela entrada destes novos players institucionais no mercado. A demanda impacta diretamente o valor do bitcoin, já que a moeda é limitada a 21 milhões de unidades, desde sua concepção.
Espaço para valorização do bitcoin: gota num balde de água
A gestora americana Fidelity publicou recentemente um estudo em que afirma que o atual valor de mercado da criptomoeda é uma “gota num balde de água” em comparação ao seu potencial de valorização.
Caso o bitcoin consiga capturar uma pequena fração dos investimentos hoje aplicados em outros ativos, o valor tende a se multiplicar nos próximos anos.
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Eleição americana pode gerar volatilidade
Para Lanzadera, a eleição nos Estados Unidos, que acontece dia 3 de novembro, ainda pode gerar alguma instabilidade no preço do ativo. “A eleição deve causar uma movimentação. Tanto no câmbio quanto no mercado de bitcoin, que se correlaciona diretamente com ele”, avalia.
No entanto, em sua opinião, o risco eleitoral já está precificado. “Acredito que o preço subirá ou descerá pouco. Tende a se manter nesse patamar atual até o final do ano. Em 2021, já com a política econômica definida, aí sim podem ocorrer variações”, aponta.

Bitcoin e dólar: Tombark/Pixabay
Opção de diversificação de investimento
Em um cenário de injeções de dinheiro em “doses cavalares” na economia por conta da pandemia, o bitcoin se apresentou como um ativo escasso e com potencial de funcionar como reserva de valor. É o que aponta Safiri Felix, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto).
Neste contexto, serve muito bem a estratégias de diversificação de investimentos. “Por ser uma commodity digital escassa e precificada em dólar, torna-se muito atraente”, complementa.
Lanzadera é da mesma opinião. “O investidor deve ter como estratégia de proteção a exposição em todo tipo de ativo, renda fixa, renda variável, ouro, dólar e bitcoin também”, diz. “Com ele, você estará alocando recursos em um papel escasso, assim como é o ouro. Mas com facilidade de armazenamento e alta liquidez”, afirma.
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Cuidados necessários com o bitcoin
De fato, as criptomoedas podem ser uma fonte interessante de diversificação. Mas é preciso cuidado para não ser iludido por promessas de dinheiro fácil.
É preciso ter informação de qualidade, para tomar decisões seguras. Depois, é preciso definir se a intenção é negociar sozinho ou contar com a assessoria de uma corretora. Esta, claro, deve ser confiável.
Outra possibilidade são os fundos de investimento com exposição de até 20% em bitcoin, também viabilizados pelas corretoras.
Feita a compra, o investidor precisa definir como fará o armazenamento, se na própria corretora ou sob sua própria custódia. Neste caso, é preciso ter ferramentas seguras e fazer backup de tudo.
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