Alberto Fernández, novo presidente da Argentina, divulgou suas primeiras medidas econômicas para tentar tirar o país da crise neste sábado (14).
O sucessor de Mauricio Macri determinou que, pelos próximos 180 dias, qualquer empregado que for demitido sem justa causa tenha o direito a receber o valor da rescisão em dobro.
Segundo publicado pelo jornal Clarín, a intenção de Fernández com o decreto de necessidade e urgência (DNU) é amenizar os problemas causados pelo desemprego, que subiu para 10,6% no terceiro trimestre de 2019.
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Diz o decreto publicado que “os trabalhadores afetados terão o direito de receber o dobro da remuneração correspondente de acordo com a legislação vigente”.
“Hoje, o desemprego afeta quase 30% dos jovens e, em taxas mais altas, as mulheres jovens. Existe mais de 1,2 milhão de jovens que não estudam nem trabalham”, comentou, durante seu discurso de posse na Assembleia.
As empresas ainda não se manifestaram após a publicação do DNU, mas, há alguns dias, quando souberam da intenção de Fernández, se mostraram contrárias à decisão.
“Não é uma ferramenta para este momento, já que a prioridade deve ser a produção”, disse José Urtubey, membro da UIA, União Industrial Argentina.
Exportações
Segundo o Diário Oficial deste sábado, Fernández também determinou que o imposto de exportação para grãos passe a ter alíquota de 9% em substituição aos 4 pesos por dólar exportado que estava em vigor até agora.
A soja, no entanto, mantém sua base de 18%, que somada aos 9% de todos os outros produtos, ficará com uma taxa de exportação de 27%.